3 de setembro de 2011

Ração Para Cães : Um Alimento Premium ? Super Premium?

Trabalhando com ração para cães ha mais de 9 anos, vejo que muitos clientes com duvidas sobre qual a Melhor Ração para seu Cão ou Gato. Por isto solicitamos ao Veterinário Cristiano Motta, que além de Veterinário trabalha e conhece bem deste assunto.



Ração : Um Alimento Premium ? Super Premium?

Atualmente, segundo dados da indústria, cerca de 65% dos lares brasileiros têm um animal de estimação, o que representa uma população de, aproximadamente, 32 milhões de cães e 16 milhões de gatos. Destes, aproximadamente, 40% consomem alimentos industrializados. Esses números fizeram com que a indústria voltada para os animais domésticos crescesse expressivamente nos últimos 12 anos, quando viu sua produção aumentar de 220 mil toneladas / ano para os atuais 1,8 milhão de toneladas / ano.
Com a expansão do mercado, crescem também as dúvidas dos consumidores sobre a qualidade dos diversos produtos oferecidos no mercado que cresceram igualmente. Afinal, o que é um produto PREMIUM, SUPER PREMIUM. O que define qual alimento está numa categoria e porque está nesta categoria?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que não existe no Brasil nenhuma legislação regida por qualquer órgão governamental que regulamente tais classificações. Nem mesmo a ANFAL-PET (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Cães e Gatos), uma entidade privada, não conseguiu definir regras junto às Indústrias associadas uma normatização que fosse unanime entre elas. Não existem regras, padronização ou lei para se classificar um produto como “Premium” ou qualquer outro “sobrenome”.
Em segundo lugar, do ponto de vista técnico, um produto que tem o nome “Premium”, “Super Premium”, etc, não é necessariamente superior nutricionalmente a um que não tenha tais adjetivos estampados na sacaria. É simples entender: tais produtos recebem esta classificação única e exclusivamente pelas industrias que os produzem. Assim sendo, qualquer empresa que não respeite os critérios de Boas Práticas de Fabricação pode produzir um alimento qualquer e estampar na sacaria o adjetivo “Premium” ou “Super Premium” e isso passará a ser uma verdade inquestionável. Existem sim diferenças entre produtos que determinam um melhor DESEMPENHO de um alimento em relação ao outro. Mas estas diferenças vão além do rótulo que as empresas dão a eles.
Então, o que deve ser levado em consideração para a compra de um alimento para seu Pet ?
            - Idoneidade do Local de Compra: os alimentos para Pets têm um prazo de validade estipulado pelo fabricante (normalmente de 12 meses à partir da data de fabricação). Fatores como mal acondicionamento, exposição ao sol ou umidade no local de estoque, tempo de estocagem entre outros podem alterar a qualidade do produto e diminuir o tempo de validade do produto. Portanto, prefira comprar estes alimentos em lojas limpas, arejadas e com boa reputação.
            - Composição Básica do Produto: um alimento para cães com base em proteínas de origem animal é nutricionalmente melhor do que um com base de proteínas de origem vegetal.
            - Presença de Eventuais Substitutivos: eventuais substitutivos são ingredientes que não fazem parte da composição básica do produto mas que o fabricante (por um motivo qualquer) pode colocar no produto há qualquer momento. Isso pode alterar o sabor, o aproveitamento e as características do alimento original. Com isso, existirá variação de sabor e aproveitamento deste produto podendo o animal passar a recusá-lo. Prefira alimentos sem eventuais substitutivos.
            - Teor de proteínas: um alimento com mais proteína não é necessariamente melhor ou superior a um outro de menor nível protéico. Isto porque fontes de proteínas diferentes têm aproveitamento (digestibilidade) diferente. Exemplificando: se produzirmos um alimento com penas de galinha (que é altamente protéica) o nível de proteína final do produto obtido será bem elevado. Porém a digestibilidade do mesmo será baixa. O cão aproveita mal este tipo de proteína. Avalie a qualidade da proteína e não a quantidade de proteína! As melhores fontes protéicas são: frango, vísceras de frango, farinha de peixes, ovo em pó, farinha de carne.
            - Idoneidade do Fabricante: empresas idôneas possuem melhores mecanismos de garantir a qualidade do produto fabricado. Elas possuem auditorias (internas e externas) do tipo ISO 9001, BPF (Boas Práticas de Fabricação) que garantem um processo fabril voltado para a produção de alimentos seguros para seu animalzinho.
            - Elementos Nutracêuticos na formulação: elementos nutracêuticos são aqueles que além de nutrir produzem efeitos benéficos ao organismo. Podemos exemplificar alguns deles: Extrato de Yucca (reduz o odor das fezes), Ômega 3 (gordura saudável que ajuda a manter uma melhor circulação sanguinea e melhor resposta inflamatória), CLA (gordura saudável derivado do Ácido linoléico que diminui a concentração da gordura corporal proporcional melhor score corporal) Glicosamina e Condroitina (ajudam no processo de regeneração das cartilagens articulares) etc...
            - Digestibilidade e concentração calórica do Alimento: Quanto maior a digestibilidade do alimento melhor será o seu aproveitamento. Quanto maior o nível de energia do alimento, menor será a quantidade do alimento que deverá ser fornecido ao animal.
            - Sabor (palatabilidade): não adianta ter um excelente produto e seu animal não gostar do sabor dele.
            - Preço: o preço do produto não garante sua qualidade. Porém, produzir um produto com qualidade não é uma tarefa barata. Existem fatores que podem tornar um produto comum caro aos olhos do consumidor. Podemos citar: mídia, custo de distribuição, distancia da fábrica ao ponto de comercialização, política de remuneração do lojista, etc.
            Avalie sempre o alimento do seu Pet levando em consideração todos os fatores acima e observe o resultado do alimento analisando fatores de curto, médio e longo prazo:
                        Curto prazo: aceitação e tolerância ao produto
                        Médio Prazo: desenvolvimento da pelagem, musculatura, gordura corporal acumulada
                        Longo Prazo: saúde como um todo, desenvolvimento reprodutivo, vitalidade.
E lembre-se: um produto para ter qualidade não precisa ter escrito na sacaria: “este produto tem qualidade”! Assim sendo, qualquer outra classificação pode ser uma tentativa de convencer o consumidor de que o produto é bom.

Cristiano Corrêa Motta
Médico Veterinário

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